terça-feira, 5 de março de 2013

Sou idiota



Recaída é mesmo uma grande merda! Sempre soube disso. Sempre acabe em: Álcool, cigarros, travesseiros molhados, maquiagens borradas, palavrões e beijos estranhos. Se a gente sabe que vai acabar assim então por que porra a gente caí nessa? Por que quando o filho da mãe liga dizendo que tá com saudade a gente não manda ele pra casa de caralho? Acho que a casa de caralho fechou, porque todo mundo que mandei pra lá tá voltando. Se o cara fizesse bem a mim ele seria atual e não ex! Então por que eu ainda caio nesse papinho de “estou com saudades”? Devo gostar de sofrer, acho que eu sou algum tipo uma sadomasoquista que gosta de se torturar com sentimentos. Ou, devo ser só mais uma idiota mesmo.
Larissa Vilela

sexta-feira, 1 de março de 2013

Me encontre!



Será que é mesmo verdade quando dizem que homem tem medo de mulher inteligente?
E agora? Vou ter que fingir ser uma “cabeça seca” pra tentar arrumar um namorado? Pelo jeito vou ficar pra titia, imagina que louco em pleno século 21 encontrar um abençoado que ouve Beatles, gosta de café, livros e animais. Imagina só ele deixar de ir curtir um show de pagode qualquer só pra ir ao show do Detonautas comigo porque sabe que é minha banda preferida desde criança? Pois é, não tá fácil mesmo! Não, eu não sou exigente. Só quero um cara que saiba diferenciar o dia de tá em casa assistindo filme e o dia de tá na balada, que me chame pra ir com ele no barzinho assistir o jogo, porque quem disse quem mulher não gosta de futebol mentiu! Mulher não gosta é de ser trocada por futebol! Entendeu a diferença? Digo o mesmo sobre o videogame, e cá entre nós, tem muita mulher por ai (eu) que joga videogame melhor que muitos homens.
Mas tá difícil achar um cara desses por ai e quando acha ou tem namorada ou é gay.
Tá difícil achar um cara que não queira só sexo, um cara que saiba que existe hora pra tudo e que respeite seu momento. Cadê os homens interessantes que sabem escrever direitinho? Se tiver algum perdido por ai, por favor, me encontre!
Larissa Vilela

(...) Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor

Hipócritas



E lá vamos nós vivermos mais um dia. Um dia igual aos outros, essa monotonia tá me matando. Ultimamente só encontro pessoas fúteis que não conseguem bater um bom papo, que não sabem o que é uma boa música, não sabe me indicar um livro e nem me chamam para sair para lugares bons. Chamam-me de antissocial porque eu não me encaixo nesse “mundinho”, criticam-me pelas minhas roupas, minhas músicas, meu jeito...  Mas, e daí? Não sou obrigada a gostar de uma coisa só porque as pessoas consideradas “normais” gostam. Às vezes sinto-me só nesse mundo enorme. Mas vez ou outra aparecem pessoas legais. Vez ou outra alguém sequestra a monotonia e a nostalgia do meu dia e leva pra longe. Que bom que eu ainda consigo achar pessoas assim, que só em tá perto, a gente se sente bem. É bom saber que nesse mundo desumano, grosseiro, preconceituoso, corrupto e que não respeita ninguém há pessoas boas. Que nos fazem o bem. Que eu continue a encontrar essas pessoas e que eu continue a ser feliz do meu jeito, no-meu-mundinho-particular, sem me importar com o que os outros pensam ou falam sobre mim. Que a opinião alheia jamais empate o meu jeito e sufoque a minha opinião. Acho que o Brasil já tá bem grandinho pra saber respeitar as diferenças e perceber que nem todo mundo é igual ou pensa igual. Chega de tanta hipocrisia. Fim.
Larissa Vilela